Conforme
Borges (1996) "uma pessoa cega pode ter algumas limitações, as
quais poderão trazer obstáculos ao seu aproveitamento produtivo na
sociedade". Ele aponta que grande parte destas limitações pode
ser eliminada através de duas ações: uma educação adaptada à
realidade destes sujeitos e o uso da tecnologia para diminuir essas
barreiras.
No
entanto, o computador não sai falando sozinho, muito menos obedece a
qualquer comando. É preciso dominar conceitos e técnicas adequadas
para estabelecer uma interação harmoniosa entre máquina e usuário
e, assim, sua operacionalização.
Para
isso, os deficientes visuais precisam ter, a princípio, o
acompanhamento de profissionais que dominem os sistemas e softwares
e, não apenas tecnicamente, mas essa orientação deve partir de
profissionais que tenham a prática na manipulação dos programas e
aplicativos, de forma a utilizá-los como os cegos o utilizarão.
Isso porque existem diferenças significativas entre saber usar e
fazer o uso, o que reflete diretamente na forma como o cego adquire o
conhecimento e coloca em prática no seu dia-a-dia. Quando se ensina
informática a uma pessoa com deficiência visual, é preciso tomar
bastante cuidado com o foco do trabalho, pois este público tem uma
forma peculiar de "pensar" a realidade, apreender os
conceitos e colocá-los em prática. O fundamental, em informática,
é que ele consiga, por si próprio, após as primeiras orientações,
buscar alternativas e atalhos e fazer o uso autônomo das
ferramentas. Isso significa que se ele for bem orientado no seu
trabalho com as máquinas, poderá atingir níveis avançados de
desenvolvimento e manipular por si próprio, descobrir o que
realmente lhe faz sentido e desvendar as ações necessárias a cada
tarefa.
O professor, para atuar nessa área, precisa compreender alguns aspectos, os quais transcrevo abaixo.
Dicas para videntes:
* Após conhecer o funcionamento do sistema e/ou leitores de tela, executar as operações principais com o monitor desligado.
* Não olhar para o teclado ao digitar. De preferência, utilizar todos os dedos, partindo das referências táteis que há nos teclados (tecla f e j e nº 5 do teclado numérico).
* Exercitar a audição para as diferentes tonalidades e timbres de voz, velocidade e entonação na leitura.
* Utilizar sempre teclas de atalho (teclado), evitando o clicar do mouse, mesmo que seja para demonstrar resumidamente os aplicativos ou solucionar problemas.
* Nunca executar alguma operação sem que o aluno tenha conhecimento de como fazê-la. Ele precisa ter autonomia nas ações.
* Treinar a habilidade de abstrair conceitos, já que qualquer operação será via áudio. Em muitos casos, as imagens serão substituídas por sons ou palavras diferentes, que as distinguem dos demais textos.
* Organizar uma sequência para os níveis e graus de dificuldade.
Dicas para o trabalho com deficientes visuais:
* Antes de apresentar o sistema e/ou leitores de tela, conhecer a parte física das máquinas. Aprender ligá-las, desligá-las, entre outros.
* Ter contato prévio com um teclado, preferencialmente em Braille, fora do uso em computadores. Somente nesta etapa, recomenda-se uso de teclados etiquetados
em Braille.
* Habituar-se com as vozes, velocidade, timbre e entonação. Exercícios contínuos de acomodação auditiva, antes do domínio das operações.
* Já em uso, marcar algumas teclas com relevo para servirem como referenciais às demais, principalmente teclas de controle e função. Desnecessário o uso
de etiquetas com caracteres em Braille nesse momento, já que a duplicidade de sensações, auditiva/tátil, traria dificuldades e vícios desnecessários.
* Controlar os movimentos e pressão dos dedos.
* Compreender a estrutura de funcionamento dos softwares: diálogos via comandos do teclado e estruturas de menus.
* Estabelecer uma relação entre escrita Braille e informática, oferecendo um trabalho conjunto entre as duas formas de escrita e de acesso à informação
(textos em Braille e digitalizados).
Desta forma, podemos proporcionar uma maior produtividade no uso de computadores por deficientes visuais, já que representa uma valiosa contribuição para a inclusão, seja no meio acadêmico, no mercado de trabalho ou no entretenimento e ampliação das relações sociais desses indivíduos.
O professor, para atuar nessa área, precisa compreender alguns aspectos, os quais transcrevo abaixo.
Dicas para videntes:
* Após conhecer o funcionamento do sistema e/ou leitores de tela, executar as operações principais com o monitor desligado.
* Não olhar para o teclado ao digitar. De preferência, utilizar todos os dedos, partindo das referências táteis que há nos teclados (tecla f e j e nº 5 do teclado numérico).
* Exercitar a audição para as diferentes tonalidades e timbres de voz, velocidade e entonação na leitura.
* Utilizar sempre teclas de atalho (teclado), evitando o clicar do mouse, mesmo que seja para demonstrar resumidamente os aplicativos ou solucionar problemas.
* Nunca executar alguma operação sem que o aluno tenha conhecimento de como fazê-la. Ele precisa ter autonomia nas ações.
* Treinar a habilidade de abstrair conceitos, já que qualquer operação será via áudio. Em muitos casos, as imagens serão substituídas por sons ou palavras diferentes, que as distinguem dos demais textos.
* Organizar uma sequência para os níveis e graus de dificuldade.
Dicas para o trabalho com deficientes visuais:
* Antes de apresentar o sistema e/ou leitores de tela, conhecer a parte física das máquinas. Aprender ligá-las, desligá-las, entre outros.
* Ter contato prévio com um teclado, preferencialmente em Braille, fora do uso em computadores. Somente nesta etapa, recomenda-se uso de teclados etiquetados
em Braille.
* Habituar-se com as vozes, velocidade, timbre e entonação. Exercícios contínuos de acomodação auditiva, antes do domínio das operações.
* Já em uso, marcar algumas teclas com relevo para servirem como referenciais às demais, principalmente teclas de controle e função. Desnecessário o uso
de etiquetas com caracteres em Braille nesse momento, já que a duplicidade de sensações, auditiva/tátil, traria dificuldades e vícios desnecessários.
* Controlar os movimentos e pressão dos dedos.
* Compreender a estrutura de funcionamento dos softwares: diálogos via comandos do teclado e estruturas de menus.
* Estabelecer uma relação entre escrita Braille e informática, oferecendo um trabalho conjunto entre as duas formas de escrita e de acesso à informação
(textos em Braille e digitalizados).
Desta forma, podemos proporcionar uma maior produtividade no uso de computadores por deficientes visuais, já que representa uma valiosa contribuição para a inclusão, seja no meio acadêmico, no mercado de trabalho ou no entretenimento e ampliação das relações sociais desses indivíduos.
Michel Pivatto
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