O
mais importante é que o formato do conteúdo e a sua metodologia
pedagógica serão adaptados às preferências de aprendizado de cada
aluno.
Que
conteúdo será lecionado em que formato? Para quais tipos de matéria
vale a pena usar um tablet? Quais matérias serão mais bem
compreendidas se aprendidas através de um videogame? Isso tudo
estará na mesa do educador consciente. Pesquisas demonstram que, até
o ano de 1990, os adultos norte-americanos conseguiam concentrar-se
por até 18 minutos em uma pessoa falando ininterruptamente. Entre
1990 e o ano 2000, este tempo caiu para aproximadamente 12 minutos e
atualmente esta tolerância encontra-se em apenas 8 minutos. Na
média, a partir deste oitavo minuto, a audiência começa a
verificar seus celulares e computadores (inclusive para procurar mais
informações sobre o que está sendo ex posto). Desconheço quais
serão os tempos de tolerância de crianças e adolescentes. 8
minutos equivalem a 480 segundos.
A informação pela
internet viaja em segundos, de um lado para o outro do mundo. A
mágica da tecnologia nos permite acompanhar revoluções, guerras,
descobertas científicas, conquistas esportivas, realizações
artísticas, mudanças políticas, crises econômicas e tantos outros
assuntos em pouquíssimo tempo. Em 8 minutos, por exemplo, é
possível, ao mesmo tempo, pela web, ouvir música, assistir trechos
de vídeos, ler notícias, conferir infográficos e tabelas, visitar
um museu virtual…
E na escola o que
faremos em 8 minutos?
Este
é o tempo que as pesquisas nos apontam como aquele que temos, numa
sala de aula, de concentração real, de adultos. Imaginem então
como fica para crianças e adolescentes…
Repensar a escola.
Repensar as aulas. Repensar os currículos. Repensar o profissional
da educação. Repensar os instrumentos e metodologias.
Entender
os novos tempos. Entender os novos alunos. Entender as tecnologias e
seu espaço na sala de aula.
Vamos então por
passos, acho que talvez fique um pouco mais fácil, mas sem respostas
prontas, apenas pontuando o que precisamos rever para compor novos
quadros, mais desafiadores, interessantes, estimulantes,
participativos, colaborativos, tecnológicos, socráticos…
O letramento digital
dos professores me parece talvez o primeiro passo para diminuir esses
medos e receios. Somos iletrados na utilização dos softwares e
aplicativos e ainda mais com os hardwares novos cada vez mais
amigáveis, cada vez mais acessíveis mas que não são utilizados em
todo o seu potencial. Como fazer os professores envolverem-se de fato
nesta nova fase de desenvolvimento da humanidade eis ai o grande
desafio da atualidade.
Aluna
– Janete Carmen Wichroski.
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